terça-feira, 24 de abril de 2012

Imagine.

São plenas 02:51 da manhã de terça-feira e eu aqui escrevendo este conto. Não revisei ainda, mas estou afim de já postá-lo. Como já venho dizendo, meus textos estão um tanto confusos propositalmente. Talvez seja necessária mais de uma leitura para compreende-lo. Gostaria de dizer que nenhum dos elementos que coloco, tanto nesse quanto nos outros, são por acaso.

Leiam e digam o que acharam, o que conseguiram extrair dos textos e etc. Me ajuda muito em relação a melhorar cada vez mais minha escrita.
Muito Obrigado!

I  M  A  G  I  N  E
                            : Tudo, e nesse tudo, Alcanças o nada, se consegues, e imagine-o, mas não, não o negro, o obscuro, a ausência, mas o nada, em sua essência. Até que ponto o nada pode se fazer presente, pode existir? Então ouça o silêncio. Ele perturba. O mesmo silêncio é um texto, uma frase, uma palavra, o que for, de significados mais que ambíguos. O que ele pede? Ele pede? Indiferente. Agora, do silêncio, imagine o vento, o vento que voa e descreve arcos, retas, loopings e quedas. Mas de que vale o vento existir, se por ali não houver nada que ele possa refrescar? Então faça um homem, o homem que quiseres. Talvez você mesmo, correndo em um deserto. O vento vem refrescar teu semblante, teu corpo, enchendo os pulmões de um ar fresco. Mas essa brisa só é querida em certos contextos. Então, já que temos um deserto de uma proporção qualquer, desenhe um tipo de sol. Esse será o motivo. Seu sol quente, dunas e a extensão qualquer, e esse ar se faz melhor pois só ele refresca.Só ele refresca pois o canteiro que levas está vazio. Não, seria muito descuido deixar a água acabar em meio ao deserto. Você não leva. Deixou para trás. Por que corrias mesmo?... Já que é possível fazer tudo do nada, coloque-se em outro lugar. Um outro deserto, só que dessa vez, de água. De que valeria a ilha para quem veio de um deserto? É a mesma ineficácia de um oasis de quem veio do mar. Se nada te agrada, se é muito igual, monótono, sem muitas inconstantes, imagina, então, cidades. Se puderes, escolha uma delas. Imagine cada detalhe dela, como são suas relações entre habitantes, suas construções, suas crenças? Eles têm dia e noite? Como é a aprendizagem deles? Qual a origem e qual será seu futuro? As pessoas sentam a mesa para jantar ou conversar? Trabalham? Como é esse Universo todo que crias e o que veio antes dele? O tudo ou o nada? Eles têm o tempo de fazer tudo aquilo que almejas?!... Como é seu tempo... O tempo, o tempo correndo. O tempo existe. O tempo existe? Na verdade, tanto faz, por que temos a matéria prima. E temos o produto que pode vir do nada

Um comentário:

  1. Muito belo esse conto! Essa relação sinestesica intensa que se constrói e essa dualidade do ser de se questionar o tempo todo, faz lembrar Sartre...
    "Porque perceber é olhar, e captar um olhar não é apreender um objeto no mundo, mas tomar consciência de ser visto [...]”

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