quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

O inteiro do fragmento.

Bom, escrevi mais um verso/estrofe. Agora acho que a poesia está completa. Talvez depois adicione uma terceira parte, mas por hora, é isso!
Espero que gostem, e, se possível, me ajudem com o nome desse novo "trabalho", por favor.
muito obrigado!



Surpreende a beleza da incerteza
O que era certo.
Meu pedaço de um antigo inteiro
Com o vento, torna deserto
Solitude perde o cheiro.

Encontro súbito, no escuro. Alvoroço
Questiona, ovaciona, guarda no bolso.
No meu eu
Sinto meu seu
Ser o novo nosso.

Doce podre novo aroma.
Apetece, desconhece, não esquece.
Faz a prece.
Clamor!
Anseia, receia, rodeia
Não quero perder essa dor.

Outros olhos, olhando, são olhados
Olhos perdidos
Quando encontrados, então, desejados
Olhos que não podem ser consumidos.

Erupção sem vulcão:
Como lava alcança os céus
e em água tomba ao chão

Passa, arrasta, devasta
Não mata...
Deságua.
E sem vontade em sua pressa
Dispersa.

Platonicamente viável
Cronicamente insustentável
dolorosamente insuportável
Sentimentalmente superável.



Outros olhos, olhando, são olhados
Olhos perdidos
Quando encontrados, então, desejados
Olhos que não podem ser consumidos.

2 comentários:

  1. Oi Guto!

    Finalmente resolvi passar no seu blog!

    Meu, não sei se vc notou com as aulas da Cida Junqueira, mas eu não sou muito fã de poesia. Eu só conheço um pouco de Camões, Alberto Caeiro, VInicius de Moraes e Carlos Drummond (que conheço um pouco e gosto, pelo menos).
    Mas eu gostei muito da sua poesia. Ela tem um ritmo e uma sonoridade muito gostosos. Ainda não pensei muito no significado (às vezes gosto de poesias, ou mesmo textos em prosa, sem entendê-los direito, acontece com vc?). Assim que eu reler tudo e fazer uma leitura decente, eu venho aqui novamente :D

    Abs,
    Renata (da PUC)

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